Odara é uma palavra que tem origem na
índia e na cultura hindu, mas que foi incorporada pela cultura brasileira
por influência da cultura afrodescendente, notadamente a Umbanda e
o Candomblé. Odara é um conceito de beleza que abarca o bem e o
belo numa mesma ideia.
Esse
significado foi incorporado pela cultura popular, tornando-se gíria e
poesia. Por exemplo, temos a expressão “ficar odara”, que pode ser entendida
como se arrumar, ficar bonito, se preparar para uma ocasião especial, e tanto
num sentido material relativo a roupas, penteados, adereços, como num sentido
espiritual, ficar bem consigo mesmo.
Nos cultos afro-brasileiros da
Umbanda e do Candomblé, odara é um conceito muito importante, sendo
identificado com Exu. No Candomblé, orada é o Exu do infinito, do eterno,
criador de todos as coisas é o absoluto.
Já para a Umbanda odara se relaciona
a uma fase do Exu, representando o momento que este não está caoticamente
transitando, mas está em equilíbrio, trazendo coisas boas aos seus devotos.
Odara representa então para os cultos
afro-brasileiros algo muito positivo, sendo ao mesmo tempo o criador de tudo,
um guia, uma luz, e ao mesmo tempo uma energia do bem, positiva, que nos eleva
e nos faz sentir coisas boas acerca de nós mesmos e de nossos semelhantes.
Assim, no candomblé Odara representa o Deus todo poderoso, e na Umbanda o Deus
do Bem, aquele que se opõe ao mau.
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