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sábado, 28 de novembro de 2015

MANDAMENTOS CIGANOS





1. Amar a Deus acima de tudo e respeitar todos os Santos;

2. Respeitar a semana Santa;

3. Respeitar todas as religiões e credos que elevam o nome de Deus - Nosso Pai;

4. Ajudar-se mutuamente;

5. Amar e não desmerecer nenhuma criança;

6. Respeitar os idosos e não desprezar sua sabedoria;

7. Não mostrar o corpo;

8. Não se prostituir;

9. Manter a fidelidade entre os casais;

10. Não se envergonhar da sua origem;

11. Não deixar de praticar o dom da adivinhação;


12. Não trair seu povo

domingo, 22 de novembro de 2015

Humildade

Lembre se seja qual for sua missão dentro da religião,ela só  terá êxito se for cumprida com Humildade 



Hierarquia no candomblé Ketu

1.    Iyá / Babá: significado das palavras iyá do yoruba significa mãe, babá significa pai.
2.    Iyalorixá / Babalorixá: Mãe ou Pai de Santo. É o posto mais elevado na tradição afro-brasileira.
3.    Alagbá: Cargo masculino, chefe dos Oyê. Em algumas casas é também chamado de Ogan. Pode desempenhar diversas tarefas de cunho espiritual e civil e não entra em transe.
4.    Mogbá: Cargo masculino específico do culto a Xangô. Ministro de Xangô.
5.    Tojú Obá: Cargo masculino específico do culto a Xangô. Olhos do Rei.
6.    Iyaegbé / Babaegbé: É a segunda pessoa do axé. Conselheira, responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia.
7.    Iyalaxé (mulher): Mãe do axé, a que distribui o axé e cuida dos objetos ritual.
8.    Iyakekerê (mulher): Mãe Pequena, segunda sacerdotisa do axé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos iniciados.
9.    Babakekerê (homem): Pai pequeno, segundo sacerdote do axé ou da comunidade. Sempre pronto a ajudar e ensinar a todos iniciados.
10.  Ojubonã ou Agibonã: É a mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação.
11.  Iyamorô: Responsável pelo Ipadê de Exu.
12.  Iyaefun ou Babaefun: Responsável pela pintura branca das Iaôs.
13.  Iyadagan e Ossidagã: Auxiliam a Iyamorô.
14.  Axogun: Sacerdote responsável pelo sacrificio dos animais. Dependendo do caso, no ritual de iniciação, este sacerdote pode assumir outro cargo, ja que axogun é um ogan.
15.  Aficobá: Responsável pelos sacrifícios dos animais de Xangô.
16.  Aficodé: Responsável pelos sacrifícios dos animais de Oxossi.
17.  Iyabassê: (mulher): Responsável no preparo dos alimentos sagrados as comidas-de-santo.
18.  Iyarubá: Carrega a esteira para o iniciando.
19.  Iyatebexê ou Babatebexê: Responsável pelas cantigas nas festas públicas de candomblé.
20.  Aiyaba Ewe: Responsável em determinados atos e obrigações de "cantar folhas.
21.  Aiybá: Bate o ejé nas obrigações.
22.  Ològun: Cargo masculino. Despacha os Ebós das obrigações, preferencialmente os filhos de Ogun, depois Odé e Obaluwaiyê.
23.  Oloya: Cargo feminino. Despacha os Ebós das obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya.
24.  Iyalabaké: A guardiã do alá de osaala.
25.  Iyatojuomó: Responsável pelas crianças do Axé.
26.  Pejigan: O responsável pelos axés da casa, do terreiro. Primeiro Ogan na hirarquia.
27.  Alagbê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos instrumentos musicais sagrados. (não entram em transe). Nos ciclos de festas é obrigado a se levantar de madrugada para que faça a alvorada. Se uma autoridade de outro Axé chegar ao terreiro, o Alagbê tem de lhe prestar as devidas homenagens. No Candomblé Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.
28.  Ogâ ou Ogan: Tocadores de atabaques (não entram em transe).
29.  Ebômi: Ou Egbomi são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação (significado: meu irmão mais velho).
30.  Ajoiê ou ekedi: Camareira do Orixá (não entram em transe). Na Casa Branca do Engenho Velho, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Terreiro do Gantois, de "Iyárobá" e na Angola, é chamada de "makota de angúzo", "ekedi" é nome de origem Jeje, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil. (em edição)
31.  Iaô: filho-de-santo (que já foi iniciado e entra em transe com o Orixá dono de sua cabeça), nem todo Iaô será um pai ou mãe de santo quando terminar a obrigação de sete anos. Ifá ou o jogo de búzios é que vai dizer se a pessoa tem cargo de abrir casa ou não. Caso não tenha que abrir casa o mesmo jogo poderá dizer se terá cargo na casa do pai ou mãe de santo além de ser um egbomi.
32.  Abiã ou abian: Novato. É considerada abiã toda pessoa que entra para a religião após ter passado pelo ritual de lavagem de contas e o bori. Poderá ser iniciada ou não, vai depender do Orixá pedir a iniciação.
33.  Sarepebê ou sarapebê é responsável pela comunicação do egbe (similar a relações públicas).
34.  Otun e Osy Axogun são os auxiliares do Axogun
35.  Apokan responsavel pelo culto de Olwuaye e o Olugbajé


Também conhecido como alaká, pano-de-alaká ou pano-de-cuia, o pano-da-costa é de origem africana e compõe a indumentária da roupa de baiana.



O pano da costa é parte integrante da indumentária de baiana característica das ruas de Salvador e do Rio de Janeiro no século XIX. Usado sobre os ombros, o pano da costa teria, como principal função, de acordo com o pesquisador Raul Lody (2003), distinguir o posicionamento feminino nas comunidades afro-brasileiras. Geralmente retangular, o pano da costa é tradicionalmente branco ou bicolor (listrado ou em xadrez madras) podendo ser bordado ou com aplicações em rendas. O nome pode ter derivado de sua origem(a Costa do Marfim, na África) ou do fato de ele ser usado preferencialmente jogado sobre os ombros e costas.  As fantasias da ala de baianas das escolas de samba frequentemente exibem panos da costa. Muitas vezes esses elementos são transfigurados para se adaptarem aos temas da roupa.

No Candomblé
Presença e distintivo do posicionamento feminino nas comunidades religiosas afro-brasileiras, o pano-da-costa, não é apenas um complemento da indumentária da mulher; é a marca do sentido religioso nas ações da mulher como iniciada ou dirigente dos terreiros, aqui no Brasil, claro. Observemos a profunda conotação sócia religiosa desse simples pedaço de tecido, que atua em tão diversificadas situações, desempenhando papéis dos mais significativos e necessários para a sobrevivência dos rituais africanos. O pano-da-costa é assim chamado por ter sido um tipo de tecido vindo da costa dos escravos, Costa Mina, Costa do Ouro. O tecido original foi substituído por outros tipos de tecidos, o que não diminui em nada as funções do pano-da-costa.

O pano-da-costa identifica a mulher feita, iniciada, aqui no Brasil, mesmo que ela não esteja de roupa de santo completa.  Mas na realidade, esse pano, protege as costas das mulheres, e servem de “CARREGA BEBÊ”. Nada mais que isso.
A situação do pano-da-costa é de maior importância, se colocarmos a presença da mulher como símbolo do poder sócio-religioso e arquétipo dos valores mágicos da fertilidade, isso motivado pelas formas anatômicas características da mulher. O sentido protetor do pano-da-costa é outro aspecto que merece atenção.

As Yawos, ao terminar o período de feitura começam a travar seus primeiros contatos com o mundo exterior protegidas pelo pano-da-costa branco, que representa o prolongamento do Ala de Oxalá, envolvendo praticamente todo o seu corpo no grande pano-da-costa, procura manter os valores religiosos de sua feitura quando em contato com os valores profanos encontrados extramuros dos terreiros.
Nos sirruns/axexes, a mesma proteção do pano-da-costa, ateado como capa envolvente mágica, aparece guardando as mulheres das presenças de egum.

 O PANO-DA-COSTA é de uso exclusivo da mulher nos cultos africanos, porque uma das principais funções do mesmo é proteger os órgãos reprodutores das mulheres, das Yamis.
Listrado, liso, estampado ou bordado em richelieu ou renda, é por meio dele que a mulher demonstra sua posição hierárquica na organização sócio-religiosa dos terreiros.
Em Salvador/BA, mais precisamente no Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, a tecelagem tradicional do pano-da-costa está ligada ao uso e ao simbolismo sócio-religioso do tecido na composição das roupas rituais do candomblé.  Nos rituais de sirrum/axexe as mulheres usam dois panos-da-costa branco: um protegendo seus ventres e outro sobre os ombros como uma capa que envolve todo o seu colo e seios.

O PANO-DA-COSTA deve ter no mínimo 60 cm de largura para que possa proteger os órgãos que necessitam de proteção. As famosas mães de santo não usam o pano-da-costa na cintura nunca

No Rio de Janeiro e outros estados, onde a chamada “evolução” está destruindo e recriando situações a bel prazer, convencionou-se que o pano-da-costa deve ser usado de acordo com a idade de santo, isto é, só usa preso acima dos seios aquelas que ainda são yawos. Está errado, pano-da-costa é para ser usado dessa forma mesmo independente da idade de feitura, quando muito, pode-se enrolar até abaixo dos seios.

DE ALGUNS ANOS PARA CÁ OS HOMENS ADERIRAM O PANO-DA-COSTA, MAS NENHUM DELES ATÉ AGORA EXPLICOU O PORQUÊ DE USÁ-LO E NEM PODEM EXPLICAR, POIS O MESMO É DE USO EXCLUSIVAMENTE FEMININO.
E PIOR AINDA, O USAM NA CINTURA. PARA PROTEGER O QUE?

Observem que as Orisa mulheres(Yiabas) usam o pano-da-costa, os Orisa homens  (Aboròs) usam o pano-da-costa amarrados no ombro lembrando um ALAKA (esse sim pertence ao homem) ou amarrado para trás, ou simplesmente ficam com o peito nu adornados pelas contas e brajas. Em algumas casas encontramos abians usando pano da costa, esse procedimento está errado. Os abians ainda não tiveram seus pontos de energias abertos durante uma feitura, portanto as mesmas não necessitam dessa proteção ainda.

No caso das Egbómis, o pano da Costa deve ser colocado na cintura elegantemente ou sobre o peito, jamais deve ser enrolado ou torcido, feito uma faixa ou Ojá, na cintura. Uma iniciada deve saber usar o pano da Costa, pois este é uma peça do vestuário muito importante. Outro fato relevante é quanto à estampa e cor do tecido. São adequadas as estampas em listras e quadros que lembram as formas presentes na indumentária nigeriana. Quando feitos de tecido liso, devem ser de cores claras: branca, bege, rosa ou azul claro. Nunca devem ser de cores quentes, berrantes, de seda ou estampados vivos, o que causaria “risos” entre as iniciadas mais antigas. Pano da Costa na cintura ou no peito é demonstração de trabalho, assim usados no barracão, quando em função religiosa. Caso contrário, no dia-a-dia do terreiro pode ser “jogado” sobre o ombro direito e se mantém esticado ao longo do tronco. Não se “dança” sem esta peça da indumentária.  

Mesmo fora do trabalho, para visita ou passeio o seu uso é indispensável. Em casas tradicionais, quando uma iniciada chega sem o pano da Costa é comum a proprietária do terreiro emprestar um à visitante, que, em sinal de educação ou respeito, coloca-o sobre o ombro direito ou, se entrar na roda, usa-o de maneira adequada à sua posição dentro da hierarquia do Candomblé; O pano da Costa é a peça de maior significado histórico dentro do vestuário africano, em conjunto com o torso. O uso de saia, Camisu ou bata e pano da Costa são indispensáveis dentro do Axé… 

A maneira de amarrar, colocar ou “enrolar” o pano varia de acordo com a situação, o ritual desenvolvido ou a posição hierárquica.