Páginas

terça-feira, 10 de março de 2015

Energia viva na terra


Oxumare A Gbe Orun Li Apa Ira
Ile Libi Jin Ojo
O Pon Iyun Pon Nana
O Fi Oro Kan Idawo Luku Wo
O Se Li Oju Oba Ne
Oluwo Li Awa Rese Mesi Eko Ajaya
Baba Nwa Li Ode Ki Awa Gba Ki
A Pupo Bi Orun
Olobi Awa Je Kan Yo
O De Igbo Kùn Bi Ojo
Okó Ijoku Igbo Elu Ko Li Égùn
Okó Ijoku Dudu Oju E A Fi Wo Ran !

A tradução :

Osumare permanece no Céu que ele atravessa com o braço
Ele faz a chuva cair na terra
Ele busca os corais, ele busca as contas nana
Com uma palavra ele examina Luku
Ele faz isso perante seu rei
Chefe a quem adoramos
O pai vem ao pátio para que cresçamos e tenhamos vida
Ele é vasto como o céu
Senhor do Obi, basta a gente comer um deles para ficar satisfeito
Ele chega à floresta e faz barulho como se fosse a chuva
Esposo de Ijo, a mata de anil não tem espinhos
Esposo de Ijoku, que observa as coisas com seus olhos negro.
 


Uma yabá que tem um culto sofisticado e diferenciado dos demais Orixás, amante do silêncio e do refinamento! Sendo assim diz-se que Yewà não suporta "baixarias" nem ofensas!
 
Orixá ligada às artes e ao bom gosto, nem por isso deixa de ter o seu lado temido, pois apesar de ser a grande DAMA DA MAGIA, do encanto e do mistério, também é excelente caçadora e exímia guerreira.
 
Yewà tem o poder da transmutação e recriação; o poder de tornar possível o impossível, de facilitar o difícil, de transformar a doença em saúde!  
Tem grande ligação com Oxumarê, Sapatà, Nanã e ykù.


"Sabe-se que os antigos nem seu nome gostavam de chamar
Era algo de Respeito acompanhado de um Temor que ninguém queria conhecer
Seu nome nunca o traz sozinho,
Ele senhor da Terra, dessa Terra que tudo come
Traz o outro mundo no nome
O mundo daqueles que se foram, mas não foram com fome
Há quem diga que por traz de suas palhas
Há uma beleza que não se espalha
Esconde em si todos os raios do Sol
Um calor que aquece, queima, mas não falha
Nasce da Terra como a vida que se restitui, todos os dias
Nasce da terra por magia que se aflora
Nasce do estourar de Pipoca
Pipocando em flores tudo aquilo antes doente, demente
Senhor de dança quente, de brilho reluzente
Quase que cega quem mente...
Há quem diga que seu nome é tão mistério quanto é sua dança,
Mas não se cansa, Cura em Amor, Cura na Guerra quando empunha sua Lança
E lança pelo mundo para germinar as nossas andanças, nunca é só lembrança...
É vida que guarda a outra vida com sorte
É caminho que protela e acaricia a morte..."


[Foto: Olubajé - Egbe Iyá G'unté 2014 - Roger Cipó © Olhar de um Cipó - Todos os Direitos Reservados / All Copyrights Reserved]

Louvar em ioruba:

Orìsà Jìngbìnì
Abàtà, Arú Bí Ewè Ajó
Orisá Tí Nmú Omo Mú Ìyá
Bí Obaluayê Bá Mú Won Tún
O Tún Lè Sáré Lo Bábá
Orìsà Bí Àjé
Obaluayê mo Ilé Osó, Ó Mo Ilé Àjé
O Gbá Osó L'Ójú,
Osó Kún Fínrínfínrín
O Pa Àjé Ku Ìkan Soso
Orìsà Jìngbìnì
Obaluayê A Mú Ni Toùn Toùn
Obaluayê SSí Odù Re Hàn Mí
Kí Ndi Olówó
Kí Ndi Olomo

A tradução para português:

Orixá forte
Abatá que floresce exuberante como as folhas da árvore ajó
Orixá que pune a mãe juntamente com o filho
Depois que Obaluaê acabar de castigá-los
Ainda poderá castigar o pai
Orixá semelhante a uma feiticeira
Obaluaê conhece tanto a casa do feiticeiro como a da bruxa
Desafiou o feiticeiro
E este correu desesperado
Matou todas as bruxas permitindo que apenas uma vivesse
Orixá forte
Obaluaê, que faz as pessoas perderem a voz
Obaluaê, abra seu odu para mim
Para que eu seja uma pessoa próspera
Para que eu seja uma pessoa fértil. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário