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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Vocês sabiam!

Por onde você passar seja no trabalho seja entre amigos ou conhecido, sempre ouve fala, alguns carregam estes nomes, poucos sabem o significado. Ate mesmo quem carrega estes nomes não sabem o significado a origem e sua função. Irei tentar explicar com minhas palavras da forma que eu aprendi cada um deles. 

 



O QUE É ABION – ABIAN - ABIÃ
ABIYAN: 
Dentro dos cultos afro-brasileiros existe uma categoria de pessoas que são classificadas de Abiyans.

    A PALAVRA ABIYAN QUER DIZER: ABI = "AQUELE QUE" E AN (ON) = SERIA UMA CONTRAÇÃO DE    "ONÃ" (ONOON), QUE QUER DIZER “CAMINHO”. AS DUAS PALAVRAS AGLUTINADAS FORMARAM O TERMO ABIYAN (ABION), 

 QUE QUER DIZER “AQUELE QUE COMEÇA”, “UM NOVO CAMINHO”. O ABIYAN É UMA PESSOA QUE ESTÁ COMEÇANDO UM NOVO CAMINHO, UMA NOVA VIDA ESPIRITUAL.


O Abiyan também pode ter fios de contas lavados, tomar axé bori e, até em alguns casos, ter orixá assentado.
O Abiyan é um pré-iniciado e não um simples frequentador, como muitas das vezes é classificado. Pode desempenhar várias atividades dentro de um terreiro, como, por exemplo, varrer, ajudar na limpeza, ajudar nos cafés da manhã e almoços comunitários realizados em dias de festas de orixá, lavar louças, ajudar na decoração do barracão, enfim, o Abiyan pode desempenhar várias tarefas sem maior envolvimento religioso.O período de Abiyan é de muita importância, pois, é nesse período que o recém-chegado passa a observar o comportamento e a conviver com os já iniciados.






Yaô: ìyàwó, Iyawô, Yao ou Iaô palavra de origem yoruba, é a denominação dos filhos-de-santos já iniciados na Feitura de santo, A pessoa passa a ser um YAÔ após um período de vinte e um dias, recolhida no roncó (clausura), quarto específico e apropriado para se fazer iniciações e obrigações, e passar por todos os preceitos necessários para ser um iniciado. OBS: Alguns saem de cabeça rapada outro de cabelo curto,isso só e decidido na hora da feitura.



Fazer santo: ficar careca, ficar 3 meses de kele, não abraçar marido,namorado, sentar no baixo, dormir na esteira, não me depilar, usar leite de rosas no lugar do desodorante andar na rua com o kele escondidinho, enroladinho num pano branco, ou com uma echarpe branquinha o cobrindo… e o pior de tudo: marido,namorado, não gosta de Candomblé, não entende nada, mas respeita profundamente a minha decisão


Ogan: É responsável pelo couro, ou curimba. Ogan toca os atabaques e entoam os pontos cantados. Atua dentro da magia neutralizando energias negativas e chamando as entidades. Devem ter muita firmeza, mas algumas casas ocorrem bebedeira o que é muito negativo.
A sintonia dos trabalhos e segura pelos ogans e a responsabilidade é grande, e os ogans não incorporam.  Em casas de "Umbanda Puras”, mais tradicionais não são utilizado atabaques e os cantos são cadenciados pelas palmas.



Ekedes: 

Ekedes: (Èkèjí, Àjòyè, Ìyároba, Makota, a depender da tradição da casa ou nação). São mulheres que não são incorporadas, mas sim, escolhidas pelas Divindades, para zelar por elas e pelo Sacerdote da Casa. São pessoas de grande importância na estrutura religiosa da comunidade, que são admiradas por todos.
Em grande parte das ocasiões, ao longo das festividades, algum Òrìsà escolhe entre as pessoas presentes, uma mulher para suspender/indicar como Ekede, é um momento de grande alegria para todos, onde os filhos da comunidade comemoram. Futuramente, essa mulher poderá, então, ser confirmada como Ekede.
As Ekedes são pessoas de grande importância nas Casas de Candomblé, que por meio das suas ações, conseguem contribuir de forma significativa para que o período em que o Órìsà permanece incorporado, seja tranquilo e apaziguador, seja para o filho incorporado, para o Órìsà e, mesmo para toda a comunidade.
O que torna uma Ekede referencia para as demais e para o Terreiro, essencialmente é sua postura perante o Òrìsà e, perante o seu Sacerdote. Para uma grande Ekede, o seu objetivo principal é conseguir tratar o Òrìsà como carinho e amor, essas são as características que tornam uma Ekede em uma grande Ekede.




 

 

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