Páginas

quinta-feira, 20 de março de 2014

Exu, ésú! O mais humano dos orixás.



Com Exu em nossos caminhos sempre nos avisando para ficarmos de olho e atento!


Exu (Èsù) é a figura mais controversa do panteão africano, o mais humano dos orixás, senhor do princípio e da transformação. Deus da terra e do universo; na verdade, Exu é a ordem, aquele que se multiplica e se transforma na unidade elementar da existência humana. Exu é o ego de cada ser, o grande companheiro do homem no seu dia-a-dia.
Muitas são as confusões e equívocos relacionados com Exu, o pior deles associa-o à figura do diabo cristão; pintam-no como um deus voltado para a maldade, para a perversidade, que se ocuparia em semear a discórdia entre os seres humanos. Na realidade, Exu contém em si todas as contradições e conflitos inerentes ao ser humano. Exu não é totalmente bom nem totalmente mau, assim como o homem: um ser capaz de amar e odiar, unir e separar, promover a paz e a guerra.
Exu foi a primeira forma dotada de existência individual. Não se sabe ao certo a sua região de origem em África, pois em todos os reinos se presta culto a Exu. Sabe-se, no entanto, que chegou a ser rei de Kêtu. Exu renasceu várias vezes e a sua história revela que é filho de Orunmilá ou de Oxum, dependendo do momento em que renasce.


Características dos filhos de Exu

Os filhos de Exu são alegres, sorridentes, estão sempre de bem com a vida, são ambiciosos, extrovertidos, espertos, inteligentes, atentos. Sabem como ninguém ser sociáveis e diplomáticos, pois conhecem o valor de uma boa amizade, fazem questão de manter o maior número possível de amigos.
Rapidamente, os filhos de Exu se tornam pessoas populares, amadas por uns, odiadas por outros. Extremamente dinâmicos, os filhos deste orixá não se desanimam nunca, mantêm sempre a certeza de que as coisas, mais cedo ou mais tarde, acabam por mudar a seu favor.
Pessoas com impressionante facilidade de comunicação, boa lábia, com charme conseguem tudo o que querem. Irónicas e perigosas, costumam manter uma vida sexual bastante agitada, sem pudores. São pessoas extremamente rápidas, que não pensam: fazem.
Os filhos de Exu possuem uma facilidade impressionante para entrar e sair de confusões, são do tipo que arma a bagunça, sai ileso e ainda se diverte com as consequências. Esquecem facilmente as ofensas, não guardam rancor, mas não perdem a oportunidade de se vingar. Gostam da rua, das festas e das conversas intermináveis, comportamento próprio de um orixá que é só alegria.
 

terça-feira, 18 de março de 2014

ODUN IKA!!

Casa Do Mensageiro
Noite de emoção contagia a todos ao  redor!Tinha que compartilha essa emoção com todos aqui no blog , Um dos momentos mais especiais que já vivi!Pelos caminhos que já andei como abia nunca vivenciei  uma obrigação assim ! Pura emoção e muita harmonia entre todos os filhos, amigos da casa e convidados, uma coisa fantástica! Os atabaques felizes ao ser tocado pelos ogans numa só sincronia, Todos com os olhos atentos para não perde nenhum momento da festa. Exu com seu encanto! Todos se Emocionaram com a tua emoção, Todos feliz pelo abraço com Esú recebidos de vosso Pai. Que todos os Orixás, Orixá Esù, Abençoe-lhe proteja sempre e que continue sendo este zelador tão querido pelos seus irmãos, filhos e amigos! Babalorisa Rychelmy Esútobi! Deixo aqui meus parabéns pela sua obrigação de 14,Deixo aqui meus respeitos, e meu pedido de bênção ao senhor e a Esu ! Muito feliz em ter presenciado tudo isso.



  Créditos fotográficos de Andréa Magnoni


A sua bênção Esú... A sua bênção Baba Rychelmy Imbiriba!


sábado, 15 de março de 2014

A importrancia da Cabaça no Candomblé


 
A cabaça é um fruto vegetal com larga utilização no Candomblé . É o fruto da cabaceira. Inteira, é denominada cabaça; cortada, é cuia ou coité; e as maiorias são denominadas cumbucas.
Nos ritos do Candomblé, sua utilização é ampla, tomando nomes diferentes de acordo com o seu uso, ou pela forma como é cortada. A cabaça inteira é denominada Àkèrègbè , e a cortada em forma de cuia toma o nome de Ìgbá .  

Cortada em forma de prato é o Ìgbáje , ou seja, o recipiente para a comida. Cortada acima do meio, forma uma vasilha com tampa, tomando o nome de Ìgbase , ou cuia do Àse , e é utilizada para colocar os símbolos do poder após a obrigação de sete anos de uma Ìyàwó , como a tesoura, navalha, búzios, contas, folhas, etc. que permitirão à pessoa ter o seu próprio Candomblé.



Cabaças minúsculas são colocadas no Sàsàrà de Omolu , como depósito de seus remédios.’No Ógó de Èsù , uma representação do fato masculino, as cabaças representam os testículos. Usa-se uma das partes da cabaça cortada ao meio, e colocada na cabeça das pessoas a serem iniciadas e que não podem ser raspadas por serem Àbìkú , para nela serem feitas as obrigações necessárias.


Com o corte ao comprido, torna-se uma vasilha com um cabo, chamada de cuia do Ìpàdé e serve para colher o material de oferecimento ou para colher as águas do banho de folhas maceradas. Inteira e revestida de uma rede de malha será o Agbè , instrumento musical usado pelos Ogans , durante os toques e cânticos.


Uma cabaça com o pescoço comprido em forma de chocalho é agitada com as suas sementes, fazendo assim o som do Séré , forma reduzida de Sèkèrè, instrumento por excelência de Sàngó . A cabaça inteira em tamanho grande substitui nos ritos de Àsèsè , a cabeça de uma pessoa que morreu e que por alguns fatores não é possível realizar as obrigações de tirar o Òsu . Por fim, pode ser lembrado que a cabaça cortada em forma de vasilha com tampa é conhecida como Ìgbádù , a cabaça da existência e contém os símbolos dos quatro principais Odù : Éjì, Ogbè, Òyekú Méjì, Ìwòri Méjì e Òdí Méjì.

Candomblé e a Quaresma

A Quaresma é oriunda da religião Católica, que estendeu-se pelas demais religiões com exceção das Igrejas evangélicas. Sendo que para igreja Católica a Quaresma representa o renascimento e a volta de Jesus, já para o Candomblé a Quaresma tem um significado completamente diferente, onde o povo yorubá criou Oròs para respeitar a quaresma,já que a religião foi cultuada principalmente por negros escravos que eram obrigados a serem Católicos.

Nos tempos primórdios quando chegava a Quaresma, o povo yorubá paravam suas funções e faziam a festa chamada Olorogún, pois para o Candomblé o período da Quaresma é o período que em que os Orisás entram em guerra contra o mal para trazer o pão de cada dia para seus filhos.No dia da festividade chamada Olorogún, eram vestidos todos os Orixás do Asé e cada um dos Orixás vinham com um pequena trouxa, contendo a comida preferida de cada um deles. Todos dançavam os seus toques prediletos e no final saiam todos em fila dançando o Adarrun. Depois dessa festa os Orixás só voltavam no sábado de Aleluia.

Depois do Olorogún os atabaques da casas eram recolhidos, onde tomávam ebós, eram lavados com ervas, e tomavam Obori.

Essa foi uma forma encontrado para fortalecer os Atabaques que são utilizados em todas as funções litúrgicas.No sábado de Aleluia, era feita uma grande festa em louvor aos Orisás,onde Ogun por ser o pai das guerras, traziam em suas mãos um grande cesto de pão para distribuir no salão. Representando o vencimento da guerra pela paz.A semana santa representa para o Candomblé a criação do mundo. 

Por este motivo os candomblecistas devem vestir o branco nessa semana, e principalmente na sexta-feira santa, já que representa o dia que os Orisás desceram do Òrún para conhecerem a grande criação de Olodum,executada por Oduduwa.Peço aos Candomblecistas que respeitem a semana santa, não pelo que ela representa para a Igreja Católica, mas sim pelo ela representa para nós do Candomblé. Usem branco, se não podem usar a semana toda coloque na sexta-feira, ofereçam canjicas, pão, acaçás á Osalá pedindo paz para o nosso Brasil. 

Protejam-se, usem o Contra-Egún, pois essa semana os Egúns ficam soltos, pois Oyá está em guerra e não pode prende-los.
Com o término da quaresma todos os espíritas tem por hábito se limpar (fazer ebó) para retirar todas as negatividades existentes.



sábado, 1 de março de 2014

Abia vai ao jogo de búzios


Parece fácil e ao mesmo tempo complicado para um abiã ir ao jogo de Búzios sozinha.

Para quem não conhece nada sobre a religião ,fica muito difícil de compreender as explicações as respostas as indicações quando as caídas do búzios ou das cartas. Geralmente depois da consulta saímos alegre ou triste e com muitas interrogações sobre tudo que ali foi dito. Seria muito mas fácil se quem esta do outro lado jogando (sacerdote) se falassem a mesma língua, e não ficassem só falando em parábolas. Para um abia pessoa que não e da religião que não tem conhecimento algum ir ao jogo e por 3 motivos: dor ,amor ,curiosidade. Então mestres do axé, vamos tentar melhorar as linguagem e as explicações na hora do jogo. Vejam isso como uma boa ação para seu cliente ,porque a consulta não e de graça !