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terça-feira, 8 de abril de 2014

Extrema importância



A quantidade exagerada de assentamentos de Orixá para um iniciado não garante uma boa qualidade de equilíbrio espiritual. O mais novo deve compreender que os inúmeros assentamentos existentes num terreiro chamados de Ojubós são coletivos e alimentados constantemente, emanando asé (força sagrada) para todos os filhos do terreiro, dispensando vários assentamentos individuais, que na maioria das vezes são assentados por simples desejo de consumo e depois maltratados, ignorados e fazendo dieta de restrição ao sagrado, seja por irresponsabilidade ou por limitação financeira. O Candomblé concentra uma quantidade inesgotável de conhecimento, conselhos e acolhimentos. Uma delas é que devemos ter muito cuidado com o que falamos e principalmente com o que fazemos. Embora o segredo fosse negado ao colonizador, mas com certeza não foi negado ao nosso Povo de santo, assim sendo, falar pouco, observar mais e seguir os costumes e conselho dos mais velhos são de extrema importância para uma vida prospera e de boa qualidade de um Filho De Santo, onde quantidade nunca foi qualidade. Nada impede que um filho oferenda um orixá que necessita ser agradado para livrar-se dos infortúnios, ou para ter sua máxima proteção, mas nunca deve se ter um assentamento por vaidade e para escravizar uma energia, que sem o devido cuidado pode emanar energia que em nada ajuda, podendo complicar sua vida em todos os sentidos.

O Poder do sacerdote é buscar a serenidade no interior



O Poder Não Transforma o Ser Humano Em Uma Pessoa Boa Ou Ruim, Apenas Tem a Capacidade de Revelar o Verdadeiro Eu Interior. O sacerdote tem poder limitado e monitorado pelo sagrado, podendo apenas liderar o seu Terreiro e interceder junto aos Orixás para garantir que todos tenham moradia, comida, espiritualidade, educação, saúde, amor, compreensão, ou seja, boa qualidade de vida. O Poder do sacerdote é buscar a serenidade no interior para viver com alegria os bons momentos, ter força e fé nos Orixás e boas ideias para enfrentar os problemas e resolver as dificuldades. Isso tudo sem precisar fugir de si e do outro. Acima de tudo, Poder é criar um clima de harmonia e bem-estar na família consanguínea, espiritual, nas comunidades, tanto a que vivemos e a que visitamos, lembrando-se sempre de que onde há amor, há paz. Onde há paz, há Orixá e onde há Orixá nada pode faltar. Aconteça o que acontecer, ame, apoie, agasalhe, ajude ao próximo. Religião não é uma O-BRI-GA-ÇÃO. É uma questão de abdicação, abnegação, compromisso, responsabilidade, fé e amor INCONDICIONAL. Se não puder ser assim é melhor desistir. O Orixá não obriga, não impõe, não mata, o Orixá é puro amor e benevolência. O Culto Aos Orixás Tem suas Regras e Disciplinas Que Não Devem Ser Tratadas Com Descaso e Desdém e Sim com Muito Respeito e Determinação. A maior prisão é quando se descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos. Geralmente ficamos mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que nós sabemos sobre nós mesmos. Os verdadeiros líderes são aqueles que resumem o sentimento geral de comunidade em poder; que simbolizam, legitimam e fortalecem o comportamento de acordo com esse sentimento; que permitem que os valores conscientes compartilhados pela comunidade surjam, cresçam e sejam transmitidos de geração em geração

Pedra Fundamental de um Terreiro de Candomblé







A pedra Fundamental criadora de um Terreiro de Candomblé é o assentamento do seu fundador, que estar ligado energeticamente à casa de origem, desde o momento da sua iniciação. Esta integração e ligação é a força do sistema do Candomblé, cujo Axé é diretamente ligado à África onde vieram seus fundadores no início do século XlX. Embora para alguns que não tiveram a paciência e o privilégio de receberem sua preciosa pedra sagrada na obrigação de sete anos com o seu sacerdote iniciador, achem que seja uma regra imaginária, mas para aqueles que possui a sua pedra iniciadora é notório e real a sua força sacerdotal. O valor de uma pedra sagrada não pode ser percebida nem sentida por um observador externo, porque não é aparente, quando visto pelos curiosos ou iniciados imaturos é só um objeto simbólico. Não é à toa que a casa do “Santo” e todos os assentamentos sagrados guardados no “peji” são monitorados pelos guardiões do templo, entre eles: Babalorixá, Iyalorixá, Ogans e Ekedes.